CEIC NEWS: Banco do Japão tem ajustado suas projeções enquanto o país deixa a deflação para trás.

CEIC NEWS: Banco do Japão tem ajustado suas projeções enquanto o país deixa a deflação para trás.
Analisamos as quatro projeções mais recentes para a inflação de 2025 e 2026, e elas mostram um movimento claro de alta. A expectativa atual é que a inflação core ao consumidor em 2025 (que exclui alimentos frescos, mas inclui energia) atinja 2,4%, acima dos 1,9% projetados em abril de 2024.
CEIC NEWS: Banco do Japão tem ajustado suas projeções enquanto o país deixa a deflação para trás.

Inflação no Japão

Com dados históricos e pontuais da CEIC, analisamos como o Banco do Japão tem ajustado suas projeções enquanto o país deixa a deflação para trás.

 

A espiral de inflação do Banco do Japão: desvendando as revisões com dados pontuais

Há dois anos, o Banco do Japão (BoJ) buscava sinais claros de uma inflação sustentada antes de encerrar a última política de juros negativos do mundo.

Hoje, é possível ilustrar como o banco central conseguiu alcançar esse objetivo — e com evidências concretas, graças ao nosso conjunto de dados Point-in-Time (PiT) da CEIC, que permite acompanhar em detalhes as revisões das previsões de inflação feitas pelo BoJ.

Analisamos as quatro projeções mais recentes para a inflação de 2025 e 2026, e elas mostram um movimento claro de alta. A expectativa atual é que a inflação core ao consumidor em 2025 (que exclui alimentos frescos, mas inclui energia) atinja 2,4%, acima dos 1,9% projetados em abril de 2024. Para 2026, a projeção subiu para 2% na atualização de janeiro, ligeiramente acima dos 1,9% estimados três meses antes. (A próxima revisão será divulgada após a reunião de 30 de abril a 1º de maio.)

Nosso pacote de dados Point-in-Time oferece mais de 10 anos de histórico de revisões para diversos indicadores de mercados desenvolvidos e emergentes. Esse tipo de dado é essencial para análises aprofundadas, modelagem e backtesting, já que até pequenas alterações nas previsões podem levar a resultados significativamente diferentes.

 

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Do medo da deflação à inflação sustentada

Nos gráficos seguintes, exploramos a transição do Japão da deflação para uma inflação persistente. A inflação geral está acima da meta de 2% do BoJ há quase três anos. No entanto, o ritmo de aumento dos preços em Tóquio — considerado um termômetro antecipado da inflação nacional — caiu para 2,8% ao ano em fevereiro, influenciado pelo retorno temporário dos subsídios à eletricidade e ao gás, que devem expirar em abril.

Os dados de inflação nacional de fevereiro serão divulgados em 21 de março. Com base na tendência observada em Tóquio, espera-se uma leve desaceleração após o pico de dois anos registrado em janeiro. No entanto, essa moderação, causada principalmente pelos subsídios de energia, dificilmente alterará a trajetória de aperto monetário do BoJ.

Pressão nos alimentos e combustíveis persiste

A inflação impulsionada pelos custos — antes vista como temporária — tem se mostrado mais persistente do que o esperado. Nosso terceiro gráfico mostra que os preços dos alimentos (excluindo alimentos frescos) e da energia continuam sendo os principais vetores da inflação. O destaque vai para o arroz, cujo preço disparou desde o verão passado, atingindo uma alta anualizada de 71% em janeiro. A expectativa é que os preços desse alimento básico permaneçam elevados ao longo de 2025. (Confira aqui como outros países têm enfrentado pressões inflacionárias similares.)

A aposta do Banco do Japão: salários mais altos, inflação estável

Outro fator-chave para o BoJ é o desfecho das tradicionais negociações salariais anuais, conhecidas como "Shunto", entre grandes empresas e sindicatos. A Confederação Sindical Japonesa (Rengo) está pressionando por um aumento médio de 6,1% nos salários para 2025, após um acordo de 5,1% no ano anterior. Na semana passada, as empresas responderam com uma proposta de 5,5%.

Por enquanto, o BoJ manteve os juros inalterados, conforme o esperado. Contudo, já sinalizou que está pronto para novos aumentos se os salários continuarem a crescer, sustentando a economia. O objetivo é alcançar um "ciclo virtuoso": crescimento salarial contínuo, maior consumo, demanda mais forte e inflação estável em torno da meta de 2%.

 

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Fontes: CEIC Insights – Industry Report.

 

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