Global news: Confiança dividida na Alemanha


Empresariado alemão confia na “bazuca fiscal” de Merz — já os consumidores, nem tanto
💡 Destaques rápidos:
💶 Empresas alemãs esperam impulso econômico com o aumento do gasto público prometido por Merz
📊 Indicadores de confiança empresarial subiram em março, após a vitória eleitoral
📈 ZEW e PMI mostram expectativas em alta, atingindo máximas de três anos
🛍️ Consumidores ainda cautelosos, com a confiança afetada pela inflação persistente
💸 Investidores em ações voltam a apostar fortemente na Alemanha
O empresariado alemão está otimista com a chegada do novo chanceler Friedrich Merz e seu plano de liberar grandes volumes de gasto público em defesa e infraestrutura. A flexibilização do tradicional "freio da dívida" do país — historicamente avesso ao endividamento — para permitir a emissão massiva de títulos públicos é vista como uma estratégia para reviver a maior economia da zona do euro, após anos de estagnação.
Já os consumidores alemães, por outro lado, ainda não estão convencidos.
Nosso heat map acompanha sete diferentes indicadores de confiança na Alemanha. Os seis que avaliam a confiança empresarial mostraram melhora em março, após a vitória eleitoral de Merz em fevereiro. (Em meados de março, ambas as câmaras do parlamento alemão aprovaram a emenda constitucional necessária para flexibilizar o freio da dívida; portanto, é esperado ainda mais otimismo nos dados de abril.)
O índice do instituto ZEW sobre expectativas econômicas disparou para 51,6 em março — o maior patamar em três anos — após marcar 26 no mês anterior. Esse índice é baseado em uma pesquisa com profissionais do mercado financeiro. Outro índice importante, o IFO, que mede o sentimento empresarial, também subiu, embora de forma mais moderada.
O índice dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial subiu pelo terceiro mês consecutivo em março, embora ainda permaneça abaixo de 50, indicando contração. No entanto, o componente de “produção futura” do PMI está em território positivo desde novembro e atingiu 57,8 em março — também um pico de três anos.
Enquanto isso, o índice de clima do consumidor publicado pelo instituto GfK caiu em março (embora tenha tido leve recuperação em abril). O aumento contínuo dos preços pode estar afetando a confiança dos consumidores alemães, tradicionalmente avessos à inflação.
Já os investidores em ações parecem bem mais animados — de acordo com os fluxos de fundos em tempo real monitorados por nossos parceiros da EPFR (empresa-irmã da CEIC no grupo ISI Markets).
Os fluxos líquidos para ações alemãs aumentaram fortemente desde fevereiro, chegando a US$ 11,5 bilhões no final de março. Esse valor compensou todas as saídas registradas em 2024. Os principais responsáveis por esse movimento foram fundos com sede na Alemanha, EUA, Luxemburgo e Irlanda — jurisdições que concentram muitos fundos pan-europeus. Os fluxos para fundos de renda fixa seguem um padrão positivo semelhante ao de 2024, mas com menor volatilidade até agora em 2025.
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Fontes: CEIC Insights – Industry Report.