Imobiliário vs. Construção na China em um Contexto Histórico


Imobiliário vs. Construção na China em um Contexto Histórico
Uma nova gama de dados adicionada à plataforma CEIC oferece uma análise mais profunda das indústrias de construção e setor imobiliário da China.
Traçamos a taxa de variação do investimento imobiliário em comparação com a produção do setor de construção (que também inclui construções não residenciais e outros projetos de engenharia).
Ao analisarmos as últimas duas décadas, identificamos quatro eras distintas:
🔹 Crescimento acelerado (2000-2013): Impulsionada pela urbanização e pelo aumento da renda das famílias, a demanda por imóveis disparou. (Xangai, por exemplo, adicionou mais de 6 milhões de habitantes durante os anos 2000). Isso impulsionou a produção do setor de construção, que registrou uma taxa média de crescimento anual de cerca de 20%. O investimento imobiliário foi mais volátil ano a ano, mas seguiu uma tendência semelhante no longo prazo.
🔹 Crescimento mais lento (2014-2019): As cidades chinesas continuavam a crescer rapidamente, mas a taxa de crescimento da construção caiu para cerca de 10% ao ano. Regulamentações governamentais mais rígidas e um aperto no financiamento contribuíram para a desaceleração do setor imobiliário. Esse período também apresenta a correlação mais próxima entre investimento imobiliário e produção da construção em comparação com as demais eras do nosso gráfico.
🔹 Volatilidade da pandemia (2020-21): Como era de se esperar, os investimentos e a construção despencaram e depois se recuperaram rapidamente. Novas regulamentações também impactaram o setor imobiliário.
🔹 Ajuste (2022-): O investimento imobiliário e a produção da construção se desacoplam. O investimento imobiliário continua a cair ano a ano devido a mudanças demográficas, crises financeiras em empresas do setor e pressões macroeconômicas. No entanto, o crescimento da produção da construção ainda se mantém em território positivo – embora em um ritmo muito mais lento do que nas décadas anteriores.
Nossos segundo e terceiro gráficos também ilustram essas tendências ao acompanhar o setor residencial como uma parcela dos projetos de construção concluídos. O setor residencial se estabilizou em pouco menos de 60% do total da construção, após um pico pré-pandemia de cerca de 68%.
Enquanto isso, a participação da construção industrial vem aumentando constantemente desde 2020. Esse crescimento é impulsionado por instalações de manufatura avançada (incluindo tecnologias de baixo carbono), investimentos em infraestrutura e mudanças nas cadeias globais de suprimentos.
Os escritórios sempre representaram uma parcela menor da construção em comparação com o setor residencial ou industrial, mas costumavam representar cerca de 5% dos projetos concluídos antes da pandemia. Recentemente, essa participação caiu para 4% ou menos, refletindo o crescimento do trabalho remoto. Além disso, essa categoria segue uma tendência de queda no longo prazo: há 20 anos, os escritórios representavam 10%.
Nosso gráfico de setores detalha ainda mais o cenário de 2024, monitorando outras categorias, como edifícios governamentais, instituições culturais e armazéns.
No setor de desenvolvimento imobiliário, analisamos como as grandes empresas do setor estão comprando muito menos terrenos do que antes da pandemia. Desde setembro, a China introduziu uma série de medidas de estímulo econômico visando, em parte, revitalizar esse setor – algo que já pode ser observado em uma leve recuperação nos dados.
Nosso gráfico final oferece mais exemplos do nível de detalhe deste conjunto de dados, comparando lançamentos comerciais, finalizações e vendas (em termos de metragem) com o mercado de construção mais amplo.
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Fontes: CEIC Insights – Industry Report.