Orçamento da Índia: equilibrando infraestrutura, cortes em subsídios e uma carga menor de dívida
Orçamento da Índia: equilibrando infraestrutura, cortes em subsídios e uma carga menor de dívida
O orçamento da Índia será apresentado em 1º de fevereiro, e a maioria dos analistas espera uma abordagem cautelosa para reduzir a carga da dívida pós-pandemia.
A Ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, tem a tarefa de reduzir os pagamentos de juros do país e obter uma melhora na classificação de crédito soberano por agências internacionais — ao mesmo tempo em que apoia os ambiciosos planos de crescimento do Primeiro-Ministro Narendra Modi com investimentos em infraestrutura. (O orçamento vem após a decepção eleitoral de Modi no ano passado, quando ele manteve o poder, mas perdeu a maioria parlamentar pela primeira vez em uma década.)
Para visualizar como Sitharaman pode equilibrar prioridades concorrentes, mapeamos os investimentos de capital da Índia (como proporção do PIB) em comparação com os gastos com subsídios do país – que dispararam durante a pandemia.
A Índia subsidia preços de diversos produtos, como combustíveis, fertilizantes e alimentos. (De fato, os gastos nessa categoria aumentaram significativamente durante a pandemia, como mostra nosso gráfico. A guerra entre Rússia e Ucrânia também elevou os preços dos fertilizantes, levando Modi a investir na proteção dos agricultores contra esses custos adicionais.)
Com o crescimento acelerado da economia, os subsídios foram reduzidos para 1,3% do PIB, próximo dos níveis pré-pandemia. Já os investimentos de capital continuaram subindo, atingindo 3,4% do PIB – a maior proporção em pelo menos uma década.
Nosso segundo gráfico detalha a importância relativa dos diversos programas de subsídios da Índia. Apenas os subsídios para petróleo e juros caíram abaixo dos níveis pré-pandemia (como percentual do PIB); os auxílios para fertilizantes e alimentos ainda permanecem acima dos patamares de 2020. Novas medidas para otimizar os subsídios podem ser introduzidas no orçamento, mas provavelmente serão equilibradas com preocupações sobre o bem-estar de famílias vulneráveis e agricultores.
O governo de Modi já divulgou seu plano fiscal geral: pretende reduzir o déficit orçamentário para 4,9% do PIB até o final do atual ano fiscal e depois diminuir essa proporção para menos de 4,5% até o ano fiscal de 2025-26. Esse movimento foi acompanhado em nosso terceiro gráfico.
Por fim, analisamos a relação entre dívida total e PIB da Índia. Essa relação aumentou significativamente durante a pandemia, passando de 47,1% no ano fiscal de 2019-20 para 58,5% no ano seguinte, e desde então tem se mantido relativamente estável. Como mostra nossa análise, é notável que o governo tem recorrido mais ao Fundo Nacional de Pequenas Poupanças (NSSF) recentemente.
Além do ano fiscal de 2025-26, o governo parece estar mudando seu foco fiscal de metas de déficit para um modelo baseado na relação dívida/PIB. Isso sugere que uma redução gradual dessa proporção será uma prioridade, alinhando-se aos objetivos de longo prazo de Modi para uma economia resiliente, estável e com finanças públicas mais sólidas.
Se você deseja ler este relatório na sua versão mais completa e entender melhor como extrair os dados mais relevantes para seus projetos, convidamos você a fazer uma demonstração gratuita na CEIC EPFR hoje mesmo!
1. Blog CEIC: Latest Insights
2. Conheça um relatório CEIC | EPFR exemplo: 2024: Um ano de surpresas nos índices econômicos e de inflação do Citigroup
3. Cliente CEIC? Leia este Report completo aqui.
Fontes: CEIC EPRF Insights – Industry Report.