Overview Regional - Brasil: Economia aquecida enfrenta teste de resistência fiscal em 2025


Brasil: Economia aquecida enfrenta teste de resistência fiscal em 2025
A economia brasileira surpreendeu positivamente em 2024, sustentada por uma combinação de aumento nos gastos públicos sob o governo Lula e crescimento das exportações de petróleo. O desemprego caiu a mínimas históricas, a renda das famílias cresceu acima da inflação, e o consumo interno seguiu aquecido. No entanto, a reta final do ano foi marcada por fortes turbulências, especialmente no câmbio, que exigiram intervenção direta do Banco Central.
Mercado de trabalho aquecido, renda real em alta
Os dados revelam uma economia doméstica vibrante. A taxa de desemprego atingiu os menores níveis da série histórica, ao mesmo tempo em que os salários reais avançaram, refletindo maior poder de compra da população. Esse impulso na demanda interna ajudou a sustentar o crescimento, mas também contribuiu para reacender a pressão inflacionária.
Inflação e câmbio em alerta vermelho
A partir da metade de 2024, a inflação voltou a ganhar tração, alimentada por uma moeda local mais fraca e pelo aumento da atividade econômica. A desvalorização do real foi impulsionada por uma série de fatores: incertezas em torno do compromisso fiscal do governo, tensões entre o Executivo e o Banco Central, e o impacto de eventos externos — como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a maior aversão global ao risco.
Política monetária mais rígida à frente
Com a inflação acima da meta e o real pressionado, o Banco Central adotou uma postura mais agressiva, elevando os juros e sinalizando novas altas em 2025. A expectativa é de que essa política mais rígida contenha a inflação, mas também desacelere o crescimento, que deve recuar para 2% neste ano.
A visão do investidor estrangeiro: Brasil ainda no radar
Apesar do cenário desafiador, o Brasil segue com peso acima da média em carteiras ativamente geridas de ações e títulos de mercados emergentes. Entre os gestores de renda fixa, a atuação firme do Banco Central tem servido como um contrapeso às preocupações com o rumo fiscal. O país continua, portanto, atraente aos olhos dos investidores que buscam oportunidades com base em fundamentos e diferenciação.
Conclusão
O Brasil entra em 2025 com uma economia ainda aquecida, mas enfrentando um dilema: como manter o ritmo de crescimento diante do necessário aperto monetário e da vigilância fiscal. A resposta a essa equação terá impactos relevantes tanto no desempenho interno quanto na percepção internacional do país.
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Por CEIC Insights